domingo, 29 de maio de 2011

Ele e eu

Ele e eu


Maria

Shalom aleikhem


A tarde já vem vindo
E com ela minha solidão,
Eis que não sou nada,
Foi com tu senhor que aprendi o verbo amar,
Chorando,sorrindo e gritando,
Tu que és minha expiração,
Meu caminho és teu,
Se morro tu me transforma,
O que é a vida sem teus caminhos?
Alucinada assim vou morrendo,
de amores de um coração vazio!
Mas tu oh lacuna serás preenchida!
Shalom aleikhem

Maria

sábado, 28 de maio de 2011

Curiosidade sobre Álvares de Azevedo

Curiosidade sobre Álvares de Azevedo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Álvares de Azevedo Academia Brasileira de Letras
Nome completoManuel Antônio Álvares de Azevedo
Nascimento12 de setembro de 1831
São Paulo
Morte25 de abril de 1852 (20 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
ProgenitoresMãe: Maria Luísa Mota Azevedo
Pai: Inácio Manuel Álvares de Azevedo
OcupaçãoEscritor, contista e poeta
Escola/tradiçãoRomantismo

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 12 de setembro de 1831Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna.

[editar] Biografia

Filho de Inácio Manuel Álvarez de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 21 anos. A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla), e a sua principal obra Lira dos vinte anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto - As Três Liras - em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães). É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.
Machado de Assis publicou no jornal “Semana Literária”, em 26 de junho de 1866 uma análise de Lira dos vinte anos.
Atualmente tem suscitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (EDUSP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes hugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Dissertação de Mestrado, USP, 1999); "Álvares de Azevedo: A busca de uma literatura consciente", de Gilmar Tenorio Santini (Dissertação de Mestrado, UNESP, 2007).
Suas principais influências são: Lord Byron, Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.
Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão, diz respeito a sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética.
No segundo prefácio de Lira dos Vinte Anos, o seu autor nos revela a sua intencionalidade e o vincula de tal maneira ao texto poético, que a gratuidade e autonomia perde espaço e revela a intencionalidade do poeta, isto é, explicação de temas, motivos e outros elementos.
O autor de Lira dos Vinte Anos estabelece valores e critérios a sua obra. Revela-se assim, uma verdadeira teorização programada da obra, transformando-se numa verdadeira teoria do conhecimento dos textos poéticos apresentados.
É evidente a explicitação de Álvares de Azevedo nessa postura consciente do fazer poético, afinal em seus prefácios há um alto grau de conhecimento quanto à proposta ultra-romântica, a qual exibe um certo metarromantismo marcada pelo senso crítico.
É o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poemas Ideias íntimas, da segunda parte da Lira.
Segundo alguns pesquisadores, Álvares de Azevedo que teria escolhido o título "As Três Liras", pois havia uma garota - que até hoje ninguém sabe a identidade, muito bem escondida pelo Dr. Jaci Monteiro - que tocava esse instrumento.
Figura na antologia do cancioneiro nacional. E foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001.

[editar] Trabalhos

Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente.
Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William Shakespeare.

[editar] Cronologia

  • 1831, 12 de setembro - Nascido em São Paulo, na esquina da rua da Feira com a rua Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiuva.
  • 1831 - Transfere-se para o Rio de Janeiro.
  • 1835 - Morre a 26 de junho seu irmão mais novo, Inácio Manuel, em Niterói, deixando o futuro poeta profundamente abalado.
  • 1840 - É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade".
  • 1844 - Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano.
  • 1845 - Matricula-se no 5º ano do internato do Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores.
  • 1846 - Cursa o 6ª ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos José Gonçalves de Magalhães.
  • 1847 - Recebe, a 5 de dezembro, o grau de bacharel em Letras.
  • 1848 - Ingressa, a 1 de março na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães.
  • 1849 - Matricula-se no 2º ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte.
  • 1850 - Escreve "um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga" (hoje perdido). A 9 de maio, profere o discurso inaugural da sociedade "Ensaio Filosófico". De volta a São Paulo, matricula-se no 3º ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus.
  • 1851 - Cursa o 4º ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô. Pressente a morte e diz que não vai voltar a São Paulo.
  • 1852, 25 de abril - Após complicações advindas de uma queda de cavalo, no município de Itaboraí, no trajeto de Visconde para Porto das Caixas. Cria-se um tumor na fossa ilíaca que tentou ser retirado segundo alguns biólogos sem anestesia, a ferida infecciona e após 40 dias de febre alta falece, às 17 horas no Rio de Janeiro em casa. É enterrado no dia seguinte, num cemitério na praia vermelha na zona sul do Rio de Janeiro que mais tarde viria a ser destruído pelo mar em ressaca. Segundo biógrafos seu cachorro teria encontrado seus restos mortais. Hoje está sepultado no Cemitério São João Batista, num jazigo perpétuo da família em uma elevação de terreno sem número (Pois foi o primeiro túmulo do cemitério inaugurado em 1854), no Rio de Janeiro.

[editar] Obra

  • 1853 Poesias de Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Lira dos Vinte Anos (única obra preparada para publicação pelo autor) e Poesias diversas;
  • 1855 Obras de Manuel Antônio Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa (Noite na Taverna);
  • 1862 Obras de Manuel Antônio Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e 3ª parte da Lira.
  • 1866 O Conde Lopo, poema inédito.
Merece um destaque especial a "Lira dos Vinte Anos", composta de diversos poemas. A Lira é dividida em três partes, sendo a primeira e a terceira da Face Ariel e a segunda da Face Caliban. A Face Ariel mostra um Álvares de Azevedo ingênuo, casto e inocente. Já a Face Caliban apresenta poemas irônicos e sarcásticos.

[editar] Obras de referência

  • RAMOS, P.E.S.(Org.). Poesias Completas de Álvares de Azevedo. Ed. Unicamp, 2002.
  • BUENO, A. (Org.). Obra Completa de Álvares de Azevedo. Nova Aguilar, 2000.
  • Cavalheiro, E. Álvares de Azevedo. Melhoramentos, 1943 (Biografia)

[editar] Ligações externas

Fonte:Google

Maria

Horário

Horário
Levanto,calço o chinelo,
Entro no banheiro,
Tomo banho,
Lavo o rosto,
Tomo um gole de café,
Saiu fecho o portão,
Observo carros passando,
Sinto o cheiro do ar puro,
A cidade está movimentada,
Caminhando calmamente,
Chego no caps,
Tomo um café,
E as pílulas da alegria,
Acendo um cigarro,
Bato um papo,
Enfim conseguir entrar na aula de poesia,
Que tanto almejava,
Viver é deixar o amor entra no coração,
 O bem maior que há na  utopia está na realidade!
Maria

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Se perguntarem por mim...

Se perguntarem por mim...

Diz que estou apaixonada pela magia de viver...
Teus caminhos no meu,
Sinto há lembrança do teu cheiro suave,
Caminhando pelo caminho prometido,
Só tu és a razão do meu ser...
Juntos somos mais que uma história de amor,
Só tu és meu jardim,
Recolho meu peito ao teu,
Declamo essa poesia para ti,
Tu és o  meu sonho mas lúcido,
As vezes o céu se fecha,
Você vem e  abre os caminhos,
 A escuridão some da minha frente!
Caminhando na luz do dia,
Junto com você sigo sem olhar pra trás...
Maria

Novamente voltei para o nada!

Novamente voltei para o nada!
Voltei ao recomeço,
Não me conheço,
Me desconheço,
Novamente voltei acreditar que  sou há  sombra de um vento passageiro,
Há muito tempo busco a sabedoria,
Descubro que nada sabia,
Me desconheço ,
Não sei mais quem sou,
Avisto um homem
Ele me diz:" O segredo está mais adiante,
Foi espalhado,
Como as folhagens  ao vento,
Vá mais adiante,
Veja o mistério de cada onda,
O  nascer e o por do sol ,
 Quando entender isso entenderá ,
A relatividade do simples existir,
Entendera o que a vida quer de ti,
Assim vós  descobrira o que é realmente ser Sábio...
Entendera cada gesto de silêncio da natureza,
É reconhecer o simples  sorriso de cada criança,
Que há em nós,
É brincar com bolinhas de sabão,
É envelhecer na idade,
Mas nunca perde o brilho do olhar,
 Da criança que existe dento de todos nós,
Permanecer com a mesma pureza da infância"
Acordei do sonho e comecei entender o pouco Desse teatro real que é se chamada vida!...

Maria

Tudo provém de ti!


Tudo provém de ti!

Sentindo,tocando,ouvindo,amando,brincando,
Esse é o poema que fiz para ti,
O sol já vem vindo e com ele o espetáculo da natureza,
A simplicidade da vida me fascina,
Sou apenas uma garota que sonha com dias melhores,
O que é viver sem esperança?
Se  torna uma lacuna,
Com os pés descalço sinto a grama,
Sinto o cheiro do ar puro da natureza,
Vejo pássaros voando livre,
Sem se preocupar com o amanhã,
O que importa é hoje,
o amanhã  fica para o  senhor,
Não preciso me preocupar com as horas,
Vou vivendo esse momentos com a emoção de está vivo,
O que é o tempo se não o momento?
Olho para o céu e agradeço o hoje!
Muito obrigado senhor,
Tudo provém de ti!





Maria



terça-feira, 24 de maio de 2011

Absinto

Absinto

Quando você toca meu corpo,
Emudeço,
É pele com pele,
Coxa com coxa
Meus pelos se arrepia,
Tua barba roça em mim ,
 O cheiro do teu corpo exala em mim ,
Nesse eclipse nocturno desmaio de desejo,
Vem meu menino só tu sabes como me Enlouquecer,
Sem você aqui tudo sem torna tão cinza,
preciso desse vicio para me alimentar
Maria

segunda-feira, 23 de maio de 2011

" Sou um ser triste que vive nas sombras do meu ser, a luz do dia me entristece.."

" Sou um ser triste que vive nas sombras do meu ser, a luz do dia me entristece.."



caindo em cacos,
há essência da rosa sombria exala minha alma,
és tão triste viver,
o vinho arranhã a garganta,
vejo homens se matando em nome do amor,
que amor é esse que destroi seu ´próximo'?
oh noite como tu és bela,
 me perco no teu abismo de sonhos,
há tua pureza e infinida,
 o luar de solidão que és meu companheiro ,
meus ossos aos poucos vão secando
,
o que é o homem se não o pó?
 noite me der teu encanto aos poucos vou morrendo,
os vermes come a carne dos seres mortais,
avisto lobos selvagem querendo me massacrar,
a luz do dia já vem vindo acendo um cigarro já vou dormi,
sou um ser triste que vive nas sombras do meu ser,
a luz do dia me entristece...

Maria

Doce donzela sinta o coração bater e há tristeza do olhar desaparecer!

Doce donzela sinta o coração bater e há tristeza do olhar  desaparecer!
Flores esvai ao chão,
O outono vai ficando para trás,
O inverno já vem vindo!
Ele não é o mesmo de outrora,
Aprendi os segredos de cada estação,
cada uma com sua magia,
Se lembra nos costumávamos brincar,
Só quero seguir minha vida com alegria,
O choro não vale pena!
Meu coração já descobriu a alegria,
Meu mundo pintei com as flores de outono,
Sonhar se tornou banal nesse mundo,
A noite caí,
Mas descobri o segredo de cada estação,
O luar será o meu melhor amigo!
Oh noite como tu és bela,
O teu canto me trás felicidade,
A noite és minha melhor amiga,
A floresta não me trás mais medo,
Minha alegria agora é eterna,
Como a flores do outono,
Doce donzela sinta o coração bater
E há   tristeza do olhar desaparecer!

Maria


 

domingo, 22 de maio de 2011

De onde vem os teus mistérios?

De onde vem os teus mistérios?
Ela menina mulher,
de onde vem os teus mistérios?
Ela é tão doce como as rosa,
Amiga graciosa!
Seus olhos verde nos hepenotiza,
O sorriso dos teus lábios nos irradia
Viviane tu és linda!
É a mais bela estrela do céu,
Menina mulher com teu cheiro de lavanda,
Cresceu mais não perdeu os sonhos de infância,
Menina que dançava ciranda,
Oh como tu és bela,
Bela como a estação da primavera!
O luar é teu confidente ,
Na caixinha de pandora guardou toda a tua beleza!
Menina tua beleza é tão natural,
como o cristal!
Jonas buscara para ti todos os anéis de Saturno!
O amor de vocês é tão puro,
Menina pequena com tuas tranças de mulher,
Para sempre serás minha amiga!
Te love querida...
Maria

Curisiodades de Lord byron



Lord Byron

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Lord Byron
Nascimento22 de janeiro de 1788
Londres, Inglaterra
Morte19 de abril de 1824 (36 anos)Missolonghi,
OcupaçãoPoeta, revolucionário, barão,
George Gordon Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788Missolonghi, 19 de abril de 1824), melhor conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo, célebre por suas obras-primas, como Peregrinação de Child Harold e Don Juan (o último permaneceu inacabado devido à sua morte iminente). Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus, é muito lido até os dias de hoje.
A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também a sua vida — amplamente considerada extravagante — que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto.
Encontrou a morte em Missolonghi, onde estava lutando ao lado dos gregos pela sua independência da opressão turca. Segundo consta, a causa da morte parece ter sido uremia, complicada por febre reumática. Sua filha, Ada Lovelace, colaborou com Charles Babbage para o engenho analítico, um passo importante na história dos computadores.

Índice

[esconder]

[editar] A Família Byron

Ameaçado de excomunhão, pelo assassinato de Thomas Becket, o Rei Henrique II prometeu ao Papa fazer penitência e donativos aos mosteiros. Ordenou que árvores fossem tombadas e que se construíssem no local abadias, dedicadas à Virgem, que receberam o nome de Newstead.
Os monges que viviam em Newstead obedeciam a regras simples, tais como: não possuir nada, amar a Deus e ao próximo, vencer as tentações carnais e não fazer nada que provocasse escândalos. Além disso, distribuíam aos pobres esmolas anuais em memória de seu Fundador.
Os abades sucederam-se durante três séculos, até o reinado de Henrique VIII. Este, com a intenção de se casar com Ana Bolena, pediu ao Papa para que anulasse seu casamento com Catarina de Aragão. O Papa recusou.
Foi então, decretado o confisco de todos os conventos religiosos que não dispusessem de renda maior que 200 libras. A abadia de Newstead foi atingida pelo decretro e, os cônegos que ali viviam, foram expulsos com mínimos benefícios concedidos pelo Rei.
Os camponeses, frustrados, viram partir os monges. Imaginaram que eles iriam assombrar as celas vazias e que a abadia causaria desgraças a quem ousasse comprá-la. Um ano depois, o Rei Henrique VIII vendeu o mosteiro ao seu fiel súdito Sir John Byron, conhecido como o “Pequeno Sir John da Barba Grande”.
Sir John pertencia a uma família que possuía inúmeras terras. Ele transformou a abadia num imenso e belo castelo e seus descendentes apegaram-se àquela casa. Ninguém, exceto os camponeses, imaginava que a influência dos monges viesse a afetar tanto a família Byron.

[editar] A Influência dos Monges

O quarto lorde Byron, que viveu no século XVII, teve dois filhos que iriam marcar pela eternidade as influências negativas dos monges sobre a família: O mais velho, quinto lorde Byron, teve seu destino marcado pelo assassinato que cometeu. Ele estava em uma taverna, conversando sobre caça, quando iniciou uma ignóbil discussão com Mr. Chaworth, que havia debochado do quinto lorde por suas desvantagens de caça.
Ambos enfrentaram-se, e Mr. Chaworth foi rasgado pela espada de Byron. O quinto e desgraçado lorde Byron foi julgado e absolvido. Porém carregou consigo o eterno peso de ser encarado como um assassino. Talvez, por isso, tenha desenvolvido um comportamento estranho durante sua vida, o mesmo comportamento que o qualificou com o apelido de “lorde mau”.
Durante a noite, ele abria as represas dos rios para destruir as usinas de fiação; esvaziava os lagos dos vizinhos; mandou construir na margem de seu lago dois pequenos fortes de pedra, e mantinha uma frota de barcos de brinquedo, os quais fazia flutuar no lago; organizava sobre seu próprio corpo corridas de grilos que, segundo seus criados, obedeciam-no.
Já seu irmão (avô do Byron poeta) não conseguia fugir da semelhante sina. “Jack Mau-Tempo”, como era chamado, era um azarado almirante, que morreu como vice-almirante em 1786. Seu apelido não era ocasional. Diziam que toda vez que Byron preparava o barco e posicionava-se sobre ele, uma forte tempestade armava-se. “Jack Mau-Tempo” teve dois filhos: o mais velho, John, pai do Byron poeta, era soldado. O segundo, Georges Anson, marinheiro.

[editar] O nascimento de Augusta e a união com os Gordon

John Byron era um soldado violento e que acumulava monstruosas dívidas, fato que o apelidou de “Jack o Louco”. Casou-se com a, até então, Marquesa de Carmarthen, uma linda jovem que abandonou seu marido, Lord Carmarthen, para ficar com Byron, tornando-se assim, a Baronesa Conyers.
Com Lady Conyers, Byron teve uma filha: Augusta Byron. Logo após o nascimento de Augusta, Lady Conyers morre. Alguns dizem que ela foi vítima de maus-tratos de John Byron. Os Byron se defendem, alegando que sua morte foi ocasionada por imprudência da mesma, ao caçar a cavalo ainda de repouso do parto.
Logo depois da morte de Lady Conyers, John Byron foi “afogar suas mágoas” em Bath, um balneário em moda na época. Lá conheceu Catherine de Gight, uma órfã e herdeira escocesa. Catherine era feia: pequena, gorda, com pele corada demais e nariz comprido. Porém, possuía algo em que John Byron se interessava: era herdeira de 23 mil libras, destas, três mil liquidas e o resto representado pela propriedade de Gight, direitos de pescas de salmão e ações de um banco em Aberdeen.
Apesar de bem nascida, Catherine era herdeira de uma família que carregava em sua história trágicos acontecimentos. Os Gordon, representados pelo primeiro senhor de Gight, Sir William Gordon, eram realmente marcados por sinas: William Gordon morreu afogado, Alexandre Gordon assassinado, John Gordon enforcado, e por aí segue.Os membros da família possuíam um temperamento semelhante aos bárbaros. Bastava alguém se intrometer em seus caminhos, que de imediato eram atacados e mortos pelos mesmos.
A ira dos Gordon não foi suficiente para impedir o casamento de Catherine com John. Desse casamento, marcado pela desgraça, nasce George Gordon Byron, o poeta que mudaria as vertentes dos movimentos literários e submeteria fiéis seguidores às suas peripécias.
Não demorou muito para a rica Catherine, se submeter às perdas irreparáveis possibilitadas pelo marido. John tratou de gastar não só a fortuna liquida, como todos os bens de Catherine. Como se não bastasse, o mesmo tinha amantes por todos os cantos, maltratava Catherine, era audacioso para conquista de suas vontades e viveu muito bem! Até morrer às mínguas: John suicidou-se pela miséria que o mesmo construiu. Tal miséria não era apenas uma conseqüência subjetiva, ela se alastrou também à vida de Catherine. Foi essa a herança deixada por John Byron, até então.

[editar] George Gordon Byron: o poeta começa a descobrir o mundo


Lord Byron.
George Gordon Byron cresceu graças ao sacrifício custoso da sofrida mãe. Sozinha, Catherine se desdobrou para criar o pequeno Byron. Procurou sempre as melhores referências para que Byron fosse alguém melhor que seu pai. Porém, não era apenas de virtudes que se esbaldava Catherine: Constantemente, era abordada por um sentimento de ira e infelicidade, os quais descontava em seu filho, batendo-lhe. Além da mãe, o pequeno Byron contava com a ira incógnita de sua governanta, cujo nome era May Gray.
Sob o teto de uma criação instável, Byron ainda portava uma pequena enfermidade que o marcaria com forte veemência: ele possuía um defeito em uma das pernas, era coxo. Tal defeito foi um obstáculo enorme no desenvolvimento do garoto, que se sentia envergonhado perante os outros. O tratamento, exaustivo, também o irritava muito!
Contudo, os anátemas destinados a esse Byron, não fariam tanto efeito como pensado. O garoto possuía características peculiares que o destacavam. Apaixonou-se por literatura ao primeiro contato - ainda bem novo - com a história de Caim e Abel contada por um professor de História de sua escola. Além de tudo, foi conquistando amigos no colégio de maneira bastante surpreendente, cito: Uma certa vez, um garoto - primeiro amigo de Byron - apanhava de um tirano marmanjo. Byron, com a voz trêmula e os olhos cheios de lágrimas, perguntou para o autor, quantos socos pretendia dar em seu amigo. Surpreendido, o garoto perguntou o motivo dessa “estúpida” pergunta. Byron, disse: “Se não se importar, gostaria de receber a metade”.
Byron conquistou, também, o diretor de seu colégio, o Doutor Joseph Drury, que - de tanta afeição - ofereceu-se para ensinar latim e grego a Byron. O Dr. Drury foi um grande condutor do menino Byron, porém ganhou diversos momentos de enxaquecas pela ousadia disciplinar do garoto.

[editar] A decisão de ser poeta e a posse na Câmara dos Lordes

Byron havia se irritado com as audácias malignas da mãe. Com isso, resolveu deixar a cidade de Southwell e partiu para Londres. Lá, enquanto esperava alcançar a maioridade, Byron decidiu ser poeta, embalado pelos literatos que, durante toda sua adolescência, leu.
Escreveu uma série de poemas e, apoiado por uma amiga de Southwell - cujo nome era Elizabeth - publicou o seu primeiro livro: Horas Ociosas. Byron havia dedicado grande parte de seu tempo para concretizar o projeto. Deixou ao encargo de Elizabeth a organização e a impressão.Os primeiros exemplares impressos foram distribuídos a amigos e conhecidos. Logo então, os conseqüentes exemplares foram entregues às livrarias e propostos a consignação. Byron, ansioso, visitava o máximo possível de livrarias para conferir a vendagem, que por sinal era boa! Logo, começaram as críticas: as pessoas de Southwell não haviam gostado do livro, faziam críticas frias ao trabalho de Byron e se sentiam ofendidas com suas manifestações de ódio ao lugar (Southwell). Já a crítica se ocupou da duplicidade de opinião de sempre: uns elogiavam, outros arrasavam.
Byron recebia elogios de seus amigos e de familiares distantes. Porém, um aviso sobre um artigo hostil e violento que seria publicado na Revista de Edimburgo - principal órgão liberal escocês, lhe chegou aos ouvidos.Ele esperava com grande ansiedade, mas não esperava tanto: “A poesia desse jovem Lord pertence àquela cuja existência nem Deus e nem os homens admitem. Para diminuir seu crime, o nobre autor apresenta sobretudo o argumento de sua menoridade. Provavelmente pretende dizer: vejam como um menor pode escrever! Este poema foi feito por um rapaz de 18 anos... e este por um de 16!...”, e por aí prossegue, com um tom igualmente cruel. Byron ficou arrasado! Pensou em replicar, mas decidiu calar-se - por enquanto. Relevou o fato de que todos os escritores passam por isso em suas respectivas carreiras e prosseguiu com a mesma empolgação.
Lord Byron decidiu partir para uma viagem incógnita, na qual ele pretendia descobrir as belezas dos países vizinhos a Inglaterra. Visitou vários países e despencou seu gosto à beleza contrastante entre as obras góticas e as produzidas pela guerra. Byron achava lindas as paisagens de uma cidade destruída pelos corpos moribundos jogados pelos cantos. Obteve diversas experiências e voltou renovado para Inglaterra. Foi, então, convocada sua presença na Câmara dos Lordes para tomar posse de seu cargo. Byron agiu completamente contra as tradições que assolavam a Câmara: primeiro, foi acompanhado apenas de um amigo, enquanto a presença da família nunca deixou de existir como princípio aos Lordes. Depois, agiu como um indiferente ao receber os cumprimentos do “presidente da Câmara”. Seu amigo espantou-se ao presenciar tamanha arrogância: Byron ofereceu ao “presidente” apenas as pontas dos dedos como forma de, segundo ele, “não iludi-lo em relação ao seu possível apoio, pois não o daria a ninguém deste lugar”.
O tempo se passou e o poeta resolveu lançar seu mais novo trabalho: Childe Harold. O livro contava suas aventuras durante a viagem pela Europa e foi concebido pela sociedade como um novo fenômeno literário. Byron, de início, não acreditava que seu livro fosse capaz de causar tanto frisson; contudo, foi o que aconteceu. A obra explodiu como uma bomba prestes a iniciar novos tempos na vida de um homem que, por sua vez, estava prestes a viver algo bem mais explosivo que o sucesso: o incesto.
Nasce o Dom Juan e a eterna tormenta...
A nova vida se instalava com ares de idolatria. Um rei suspenso de seu posto por toda vida e que definitivamente tomava seu devido lugar. Byron era aclamado em todos os cantos da grande Inglaterra. Intelectuais, políticos, artistas e - principalmente - mulheres, proclamavam seu nome em todas as discussões imagináveis.
O pequeno jovem coxo, antes recusado por inúmeras garotas, era então o ideal imaginário de nove entre dez mulheres inglesas. Todas fantasiavam suas feições, imaginavam seus dotes e deslumbravam-se aos versos de uma literatura excêntrica e real.
Como não poderia deixar de ser, Byron enfeitiçou a alma de inúmeras mulheres - em sua maioria, casadas - e viveu romances pitorescos, condenados ao fim pelo desprezo e pela indiferença do poeta. Assim, diversas mulheres, cujos casamentos estavam condenados às ruínas, se esbaldavam e deixavam-se cobrir pelos braços do poeta querido.
Mas Byron, frágil e propenso à desgraça, não escaparia do peso maior que carregaria por toda sua vida: Augusta, sua irmã, estava em condições iguais das mulheres casadas que se renderam aos encantos de Byron. Seu casamento não ia bem, e se refugiou na casa do irmão para aliviar a tensão que a perseguia desde então. Byron recebeu-a de braços abertos e toda sua admiração se legou em cordialidade. Entretanto, algo bombástico alimentava sua ânsia. Começou a enxergar a irmã com outros olhos: via-a como uma semelhança, um espelho raro petrificado por idêntica sina, como uma possibilidade de encontrar o Byron escondido pelo ser anti-social e céptico. Além, enxergava-a como uma mulher de exorbitante beleza e que precisava de algo a mais do que os braços seguros de um irmão. Não pensou lucidamente, quando esqueceu a semelhança sangüínea, a hereditariedade e as anátemas profetizadas em nome de um ato incomum e estonteante. Contudo,seguiu controlando-se, até as asas de uma vida errante produzirem névoas bruscas e não fornecerem apoio para a negação! Nada propunha a Byron um caminho contrário ao do seguido.Não obstante, Augusta voltou para casa grávida.

[editar] Exemplo de poema do autor

Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio

Tradução de
Castro Alves

Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus olhos.

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência -curto dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.

 Morte

Fonte:google

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lord_Byron

 

Maria